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O papel do inflamassoma NLRC4 no controle da infecção por T. Cruzi



Como visto em semanas anteriores, os inflamassomas são plataformas compostas por diversas proteínas e são localizadas no citoplasma das células. E, como também dito em posts anteriores, não existe somente um tipo de inflamassoma, e sim uma classe dessas plataformas, sendo os mais estudados: NLRP3, NAIP/NLRC4, NLRP1, AIM2 e Pyrin.

No post de hoje vamos tratar de um desses inflamassomas, o NAIP/NLRC4. Sabemos que o inflamassoma NLRP3 é ativado a partir da detecção de diversos tipos de sinais endógenos de danos celulares (DAMPs) ou moléculas características de patógenos (PAMPs). Já o inflamassoma NAIP/NLRC4 é bem conhecido por responder a infecções bacterianas e reconhecer diversos componentes dessas bactérias, como a proteína flagelina, por exemplo. Entretanto, estudos de diversos grupos vêm mostrando a participação desse inflamassoma em outros contextos, sejam infecciosos ou não.

O T. cruzi é um protozoário bastante conhecido pela população, ele é o agente etiológico da Doença de Chagas que infelizmente ainda não tem cura. Em artigos publicados anteriormente, nosso grupo descreveu a participação do inflamassoma NLRP3 no controle da infecção pelo Trypanossoma cruzi em diferentes tipos celulares como macrófagos e micróglias. Ainda, mostramos que o NLRP3 induz mecanismos efetores diversos como secreção de óxido nítrico e indução da autofagia, importantes para a capacidade tripanocida das células infectadas. Interessante, dados recentes e ainda não publicados de nosso grupo demonstram que NAIP/NLRC4 também é ativado por determinados isolados de T. cruzi e auxiliam no controle da infecção deste protozoário. Agora estamos tentando entender como o T. cruzi ativa esses inflamassomas e qual é a participação relativa de cada uma dessas plataformas para o controle da infecção. Fiquem por aqui para acompanhar o desenvolvimento dessa linha de pesquisa!





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